quarta-feira, 7 de julho de 2010

Sociologia e Filmes

Técnica e tecnologia, capital e processo civilizatório, fetichismo e controle social, capitalismo manipulatório e novas tecnologias da virtualização.

O desenvolvimento da técnica na sociedade do capital tende a aparecer como desenvolvimento tecnológico, com objetos complexos assumindo formas estranhadas, que sob certas circunstâncias sócio-históricas podem assumir alto potencial destrutivo. Na medida em que se amplia, o fetichismo da mercadoria imprime sua marca indelével na sociabilidade humana, constituindo formas complexas de fetichismo social, criando a aparência de uma tecnologia onipotente e malévola. O fetiche da técnica através dos objetos tecnológicos tendem a ocultar a verdadeira dominação do capital como relação social a serviço da reprodução hermafrodita da riqueza abstrata. Na medida em que a tecnologia assume novas formas materiais, instaurando novas técnicas de virtualização de base bio-informática de intenso cariz manipulatório, tal fetichismo da técnica alcança maior intensidade e amplitude, principalmente no plano do imaginário social. O problema da tecnologia é o problema do controle social capaz de abolir o fetichismo da matrix tecnológica. Na medida em que tais contradições do capital se acirram, explicita-se a necessidade do controle social dos objetos tecnológicos complexos, sob pena do aprofundamento da barbárie social, tendo em vista que eles são utilizados, em si e para si, como nexus de intensificação da manipulação e da produção destrutiva do capital.
Filmes indicados:
  • Matrix, dos irmãos Wachowski
  • Blade Runner, de Ridley Scott;
  • Metropólis, de Fritz Lang;
  • O Show de Truman, de Peter Weir;
  • Gattaca – A Experiência Genética, de Andrew Nicoll;
  • Simone, de Andrew Nicoll.

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