terça-feira, 28 de setembro de 2010

7 erros da "ficha criminal" de Dilma Roussef

O vídeo a seguir apresenta algumas observações a respeito de uma "ficha criminal" de Dilma que anda circulando pela internet.

A que ponto chegam os desesperados.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Estrada Para Perdição

A sociedade burguesa nos EUA possui algumas dimensões histórico-concretas particulares. A principal é que, desde primórdios do século XX, a sociabilidade do capital vigente assumiu nela sua forma explicita e mais desenvolvida. Nesta sociedade histórica encontranos o campo pleno de desenvolvimento da lógica mercantil, de suas positividades e negatividades ampliadas. O que se constitui no século XIX como os Estados Unidos da América se revelou, desde seus primórdios como a Nação do Capital, do sistema social lastreado no dinheiro, poder e ideologia da possesividade e vendabilidade universal. Por isso, explicitam-se traços precoces de estranhamento (e fetichismo) social e de sociabilidade degradada, baseada em afetos destrutivos e de morte. A figura do gangster e do crime organizado, seja em sua forma familiar, seja como grande corporação capitalista, aparece como a síntese deste desenvolvimento da Nação do Capital. Indústria e Guerra, Negócios e Criminalidade se imbricam no capitalismo desenvolvido dos EUA. Por outro lado, tal civilização do capital tende a criar enquanto possibilidade concreta, um campo ampliado de desenvolvimento da personalidade humano-genérica. É tal contradição candente entre individualidade humano-genérica e afetos de morte, baseados em relações de poder e do dinheiro, que irá tornar-se explicito na estrutura de sociabilidade na sociedae burguesa dos EUA.
Temas-chave: sociabilidade, fetichismo e estranhamento; violência e crime organizado; família e crise do capital. Imagem e fetichismo social.
Filmes relacionados: “O Poderoso Chefão”, de Ford Copolla; “Os Bons Companheiros”, de Martin Scorsese;
Análise do Filme
“Estrada para Perdição” de Sam Mendes não é apenas um filme de gangster, mas é um painel íntimo da sociabilidade burguesa nos EUA. O diretor Mendes se destaca, em seu segundo filme, como um analista perspicaz da sociedade norte-americana. Depois de “Beleza América”, de 1999, Mendes nos brinda com um pequeno retrato dos Estados Unidos da América em 1931, época da grande depressão. Os EUA já surge após a I Guerra Mundial (1914-1918), como uma grande potência industrial-financeira do mundo capitalista. Mas o que percebemos é que a sociedade burguesa nos Estados Unidos da América já nasce decrépita e degradada. Tal como em “Beleza Americana”, a narrativa de “Estrada para a Perdição” sugere um clima de necrofilia, de fascinação (e medo) pela morte. Talvez seja o próprio espírito da civilização do capital nos EUA, construída em cima de sangue, suor e lágrimas (do extermínio das populações indígenas à anexação colonialista de territórios no Sul). Na verdade, o american dream é uma odisséia de destruição criativa do capital, onde a morte tem sido a companheira constante, tal como ocorre na vida de gângsteres.Todo filme é impregnado de um clima de morte e vingança. E de fascínio mórbido pela imagem da morte (o personagem Harlem Maguire, interpretado por Jude Law, como iremos ver, é paradigmático).

A comparação com o outro filme de Mendes, “Beleza Americana” é flagrante: o personagem central, o gangster Michael Sullivan, interpretado por Tom Hanks, tal como Lester Burham (interpretado por Kevin Spacey) em “Beleza Americana”, é assassinado num momento catártico, numa casa de praia, logo após ter cumprido seu objetivo: vingar-se do assassino de sua mulher e filho. Quando a trama narrativa do filme parecia nos conduzia para um happy end, o que acontece é o acerto final do fotográfo-matador de aluguel, Harlem Maguirre, com o gangster, Michael Sullivan.
Como salientamos, o fotográfo Harlem Maguirre é, em si, um personagem curioso. É um dos personagens fascinantes da trama filmica de Sam Mendes. É um gangster como outro qualquer, mas que possui uma fascinação mórbida: tirar fotos dos seus cadáveres. Ora, ao misturar imagem e morte, Mendes, mais uma vez, traduz um traço essencial da sociabilidade burguesa nos EUA: a fascinação midiática pela morte, uma fascinação bastante compatível com as necessidades da ordem imperialista do capital. Ainda tomando “Beleza Americana” como referência básica, o personagem do fotografo pode ser considerado uma mescla de coronel Fitts com seu filho Rick Fitts.
O gangster Michael Sullivan, descendente de irlandeses, é fiel ao Chefão John Rooney, um velho gangter de Chicago, representado por Paul Newman, até o dia em que Connor Rooney, o filho do chefão, assassina sua mulher e filho (de Sullivan). Apenas o filho mais velho, Michael Sullivan Jr., sobrevive. A partir daí, vingar-se da morte de sua família, torna-se uma obsessão para Michael Sullivan. Seu objeto de vingança é o filho do Chefão, Connor, e apenas ele (Michael não busca destruir o império criminoso do velho Rooney, mas apenas obriga-lo a entregar seu filho para ser justiçado). Connor Rooney é um personagem medíocre, decadente, com uma expressão sempre irônica, mas cruel, que trapaceia o pai. A relação entre pai e filho é uma simbiose de morte. O pai sabe que o filho lhe trapaceia, desviando dinheiro para sua conta-corrente. Mas nada faz, demonstrando que, apesar de todo poder, nada pode contra seu sangue degradado. Essa incapacidade de lidar com a insensatez do filho e o afeto que possui por Michael Sullivan, que considera como um filho, tende a representar os sintomas da decadência imperial.

Os dilemas de John Rooney são os dilemas da velha América corporativa. Mendes continua mais uma vez, refletindo sobre a crise da família americana, pois o ideal de família, tão bem retratado por Francis Ford Coppola na trilogia “O Poderoso Chefão”, aqui é transfigurado na crise da “família” do Capo John Rooney, principalmente em sua relação neurótica com o filho Connor e que irá conduzir a família – inclusive sua organização criminosa - à ruína. Uma outra família é arruinada pelo ímpeto de Connor Rooney, a de Michael Sullivan. Ora, Connor é o alter ego destruidor de John Rooney. Por isso, o pai nada pode contra ele. É Connor quem deverá precipitar o declínio e a morte da “família” do Chefão.

A desestruturação da família é um tema constante na estruturas narrativas do cinema americano. E Mendes utiliza um drama de gangster de 1931 para refletir a crise da sociabilidade burguesa dos nossos dias. É possível apreender alguns detalhes curiosos e bastante significativos na trama narrativa de Road to Perdition (Mendes, tal como Kubrick e os grandes cineastas, não desprezam os detalhes da narrativa para traduzir elementos significativos da totalidade concreta). Por exemplo: é quase completa a ausência de policiais no filme (o único que aparece é morto pelo fotografo Harlem Maguirre à beira da estrada). É como se a ausência do Estado policial apenas torna-se mais claro a natureza do drama familiar, pois o filme é, antes de mais nada, como “Beleza Americana”, um drama familiar. É interessante ainda a presença do casal de fazendeiros, quase como a representar a nostalgia de uma vida rural bucólica, distante do ambiente de morte da cidade industrial.

Metrópole e trabalho operário é outro detalhe a ser destacado. Logo no início do filme aparece uma massa de operários se dirigindo ao trabalho, com um jornaleiro anunciando a manchete de morte de um operário por acidente de trabalho. Mais adiante, mais uma vez, o tema da manipulação da classe operária aparece, com o Chefão John Rooney fazendo referencia aos sindicatos – o velho gangster não quer interferir neles pois acredita que já interfere demais na vida dos operários fora da fábrica (Rooney talvez represente um velho estilo decadente de gangster).

O capo Rooney representa, de certo modo, a protoforma da elite dominante do capitalismo americano. Por outro lado, Michael Sullivan, seu fiel serviçal, poderia representar a “classe média” que vive à sua sombra, até que se vê envolvida numa trama estranhada (é possível um paralelo com a narrativa de “De olhos bem fechados”, de Stanley Kubrick, na relação que o Dr. Harford tem com a elite financeira).

É para a fazenda que o filho de Michael Sullivan retorna, ao final do filme, sugerindo que o filho deverá ter um destino diferente daquele do pai (o curioso é que o nome do filho é Michael Sullivan Jr., o que sugere uma continuidade da figura do pai). Como estamos em 1931, nada impede de imaginarmos que o pequeno fazendeiro possa ser despejado pelos barões das finanças, como ocorreu nos EUA dos anos 30 (que o diga o drama familiar de “Vinhas da Ira”, de John Ford). Mas nesse caso, os gangsteres serão outros e provavelmente o filho de Michael irá verificar que apenas as armas da vingança não lhe servirão.

Outro elemento significativo no filme é a casa da tia Sara, à beira do mar, o local onde Michael Sullivan foi assassinado por Harlem Maguirre, olhando para o mar, pela janela de vidro (mais uma vez, o paralelo com “Beleza America” - Lester Burham, representado por Kevin Spacey, é assassinado pelo Coronel Fitts, ao olhar a foto da família, na cozinha de sua casa). O mar representa esperança, mas também a incerteza. E o cenário da esperança, como sugere o filme, é a pequena fazenda.

O personagem da criança (ou pré-adolescente), Michael Sulllivam Jr., o narrador da história, é bastante interessante, pois ele, em todo filme, com exceção das cenas em que dirige o automóvel para o pai, durante os assaltos aos bancos, é meramente um espectador da barbárie e da odisséia de morte. Acompanha os assassinatos totalmente estupefato; primeiro, ao descobrir a ocupação do pai e depois, ao encontrar a mãe e o irmão, assassinados por Connor. Ao mesmo tempo, a criança demonstra seu fascínio pela leitura de histórias policiais (na escola diz não gostar de Matemática e sim de histórias bíblicas). É ele que irá guardar a memória do pai e do seu trágico destino, dele e da sua família.

Outro elemento do filme é a ausência de personagens femininos no filme (as únicas mulheres no filme exercem papel secundário, como a esposa de Michael Sullivan, Tia Sara ou a mulher do fazendeiro). Nos outros momentos em que aparecem mulheres, elas são objetos sexuais de gangsteres, as figuras masculinas que dominam o filme. São mulheres sufocadas pelo drama do poder, morte e vingança. Mulheres e crianças apenas acompanham o drama dos adultos homens. Road to Perdition é um drama familiar sem mulheres. Talvez a ausência das mulheres seja mais um elemento da crise da família burguesa. Em “Beleza Americana”, mesmo a personagem feminina central, Carolyn Burham, mulher do Lester, é quase um tipo masculino, ligada às factualidades do mundo burguês. Ela exerce na narrativa um papel ativo e de imposição quase masculina. Em Road to Perdition, o drama é masculino, de declínio do poder do homem branco, dominador, expresso nas figuras dos gangsteres.

Dizemos que o Estado como policia está ausente também do filme. Mas percebemos que o Estado assistencialista já aparece, de modo tímido, quando Michael Sullivan, em Chicago, enquanto vai conversar com um outro capo, deixa o filho numa repartição pública de atendimento a desempregados. É uma área imensa, lotada de proletários desempregados, mais uma expressão da depressão da economia americana em 1931. O ambiente social e econômico é de crise do mundo do trabalho, pois a disseminação da criminalidade é um aspecto da crise de sociabilidade do trabalho, como já observava Engels no livro A Situação da Classe Trabalhadora na Inglaterra (de 1842). Sam Mendes teve sensibilidade de captar tais breves momentos da situação operária no interior de um drama da elite do poder americano. Tanto o Chefão John Rooney, quanto Michael Sullivan, representavam, naquela época, elementos do poder de classe dominante, em sua expressão degradada (é visível a presença de banqueiros como receptadores do dinheiro sujo dos gângsteres).

No final do filme, o assassinato do Chefão Rooney por Michael sugere um ato catártico do próprio Michael. Numa noite de chuva, tal como em “Beleza Americana”, Michael consegue prestar contas consigo mesmo, pois naquele momento assassinou o Pai na figura do Chefão Rooney, um Pai omisso, indiferente à dor do “filho”. É claramente uma sugestão freudiana. A seguir, Michael Sullivan assassina, Connor (seu “irmão” impetuoso).

É claro que Road to Perdition é um filme histórico, de volta ao passado de crise, para refletir sobre a crise do presente, uma crise estrutural do capital (desde a década de 1970), cujas determinações de crise orgânica já vislumbrávamos nos anos 20 e 30 do século passado. O deslocamento temporal possui uma função heurística na trama narrativa. Na depressão dos anos 1930, com a onipresença de gângsteres, Mendes está refletindo, até de forma exagerada, o drama da crise do mundo burguês nos EUA. Talvez, hoje, os gângsteres sejam outros, menos visíveis e mais poderosos. Mas a situação de crise orgânica do capital, inclusive como representação do poder hegemônico da figura masculina continua.

É claro que o capo John Rooney será substituído por outro Chefão, é o que sugere Mendes. O que quer dizer que, em 1931, o declínio do Chefão Rooney seria apenas o declínio de um certo tipo de gangsterismo. Na verdade, o gangsterismo em suas múltiplas formas sócio-históricas, sempre caracterizou a sociedade norte-americana (em sua trilogia “O Poderoso Chefão”, Coppola já mostrava essa evolução geracional dos estilos de gângsteres nos EUA – de Marlon Brando a Al Pacino). Talvez a fixação em dramas de gangsters seja a forma do cinema americano apreender um traço da sociabilidade de poder nos EUA. As elites sempre tiveram um caráter gangsterista, que é expressão de uma forma hiperdesenvolvida de mercantilização das relações sociais. Portanto, Mendes segue a linhagem fílmica dos grandes Copolla ou Scorsese (Os Bons Companheiros), como verdadeiros analistas sociais do espírito do mundo burguês na América, cineastas da crise de autoconsciência da sociedade americana
Extraído de www.telacritica.org

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Para FHC as massas colocam a democracia em risco


Em entrevista a O Estado de S. Paulo, o ex-presidente tucano expõe o temor que a participação popular na política causa em líderes da oposição conservadora, como ele.

Por José Carlos Ruy

O debate político vai deixando cada vez mais claro o udenismo do PSDB, com ênfase no núcleo paulista do tucanato. Um aspecto dele ficou claro na entrevista que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deu a O Estado de S. Paulo no domingo (19), onde expõe com clareza seu desprezo contra a massa e, simultaneamente, o temor de uma democratização mais profunda que assegure seu maior protagonismo.

Entre 1945 e 1965 a UDN (União Democrática Nacional) foi o partido do grande capital, dos banqueiros, dos aliados do imperialismo norte-americano e de amplos setores conservadores da classe média.

Seu programa tinha a mesma marca neoliberal do PSDB, se opunha ao desenvolvimento industrial e à incorporação dos trabalhadores à política. Defendia a integração subordinada do Brasil à divisão internacional do trabalho e às ordens do imperialismo norte-americano. Na oposição aos presidentes Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e João Goulart (que lutaram para desenvolver e democratizar o país e afirmar a soberania nacional) a UDN destacou-se em campanhas de mídia movidas à base de denúncias de falcatruas, como as que a oposição promove hoje contra o governo Lula. Elas deram à UDN o mesmo caráter “moralista” que distingue seus atuais descendentes agrupados no PSDB e aqueles que giram em seu entorno.

A UDN foi a responsável direta pelo suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, no clímax de uma campanha que acusava o presidente de estar imerso num “mar de lama”, e pela deposição do presidente João Goulart, em 1964, acusado de montar uma “republica sindicalista”, de corrupção e, também, de comprometer a neutralidade e a imponência do cargo.

O caráter golpista e reacionário da UDN foi reconhecido por Afonso Arinos de Melo Franco que, embora líder daquela agremiação, era um democrata e um homem de bem. “Por trás da luta pela legalidade e contra Getúlio, de quem fui porta-voz, havia” disse ele em uma citação lembrada pela reportagem desta semana em CartaCapital sobre o udenismo dos tucanos, “também, a recusa do partido, militarista e conservador, em aceitar a fatalidade de certas mudanças”.

É contra a “fatalidade” de mudanças semelhantes às que o povo já exigia há mais de meio século, que o tucanato enfeita-se com o traje de vestais puras e honestas e reitera campanhas caluniosas contra o governo Lula e a candidata das forças de esquerda, Dilma Rousseff.

A entrevista de Fernando Henrique Cardoso a O Estado de S. Paulo tem o mérito de expor estes preconceitos antidemocráticos com clareza. Ele acusa Lula de juntar-se ao que “há de pior na cultura do conservadorismo” na política brasileira, quando o presidente aliou-se ao PMDB, o partido formado pelos democratas que lutaram contra a ditadura militar de 1964. Mas omite que ele próprio, FHC, se aliou àqueles que, na ditadura, estavam do outro lado, e apoiavam a perseguição policial contra os democratas, o atual DEM (que já foi Arena, depois PDS, depois PFL, antes de virar DEM).

No modo de ver de FHC não é daqueles herdeiros da perseguição política e da tortura que vem o risco para a democracia, mas... das massas populares. Ele investe contra a “democracia popular” afirmando que “democracia é mais do que ter maioria”, que é conquistada “à força pelas ditas democracias populares. Democracia também é respeito à lei, respeito à Constituição, respeito às minorias e à diversidade. Tudo isso é obscurecido nas democracias populares, onde se entende que, se você tem a maioria, você tem tudo e pode tudo”. Em outro ponto da entrevista, diz ser preciso demonstrar que “o sentimento popular, a incorporação da massa à política e a incorporação social podem conviver com a democracia”.

É preciso decifrar o que ele diz. Ele, que como presidente da República comandou os ataques que desfiguraram a Constituição de 1988, pede respeito à Constituição, às leis, às minorias e à diversidade. Até onde se sabe, no Brasil de hoje não há ameaças à legalidade, exceto o eterno sonho golpista da aliança entre a mídia e o tucanato; o respeito às minorias e à diversidade é manifesto, e qualquer mudança constitucional só pode ser feita alcançando as maiorias qualificadas exigidas pela Carta Magna.

O que aflige FHC, quando fala de “minorias”, “diversidade” e respeito “às leis” é a iminência de um tsunami que vai varrer do cenário setores da oposição e da direita, entre eles parcela significativa do atual núcleo de resistência direitista contra as mudanças, formado justamente pelo PSDB, DEM e PPS.

A ironia é assistir ao ex-presidente campeão de mudanças constitucionais e alterações institucionais clamar por garantias de imobilismo ante a ameaça do “sentimento popular” e da “incorporação da massa à política”.

Ele duvida que as massas populares possam conviver com a democracia. É preciso "ter limites", reclama, mirando a ação do presidente da República que, tendo justamente origem popular, conduz para a massas para avanços que, na opinião do dirigente tucano, são ameaçadores.

Neste ponto FHC revela, em linguagem contemporânea, a mesma oposição udenista contra o protagonismo político do povo e dos trabalhadores. Na década de 1950 muitos udenistas defendiam a adoção do voto qualificado. Um deles, o jornalista Afonso Henriques, um chamado “voto cultural progressivo”: o voto do eleitor meramente alfabetizado valeria um; se ele tivesse diploma do curso primário, valeria dois; se tivesse escolaridade média ou superior incompleto, valeria três; se tivesse diploma do curso superior, valeria quatro.

A contradição que FHC identifica entre “democracia” e “incorporação das massas” tem um sentido excludente e elitista semelhante-. É o udenismo com feição contemporânea que, no dia 3 de outubro, o eleitor brasileiro vai derrotar e alojar no restrito lugar da história, e da política, que corresponde á sua decadente força social.

Fonte: http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=1&id_noticia=137422

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Benicio del Toro visita escola do MST e se encontra com Dilma

Benício del Toro visita escola do MST Benício del Toro visita escola do MST

O ator e produtor Benicio Del Toro está no Brasil. Portorriquenho de nascimento, Del Toro, que vive nos Estados Unidos, faz a terceira visita ao Brasil motivado pelo interesse em desenvolver um trabalho com o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) para o cinema.

Del Toro já atuou em mais de 15 produções internacionais, como Traffic (2000), 21 Gramas (2003), Os Suspeitos (1995) e as duas partes da cinebiografia de Che Guevara (2008), dirigidas pelo norte-americano Steven Soderbergh. Para o ator, o trabalho desempenhado nos longas sobre o argentino Ernesto "Che" Guevara provocou uma autoanálise. “Acho que fazendo estes dois filmes, de certa forma, entrei em contato comigo mesmo e fui em busca das minhas origens”, afirmou ao Opera Mundi.

Na tarde desta quarta-feira (15), o ator visitou a escola Florestan Fernandes, em Guararema, estado de São Paulo, onde conversou com militantes e estudantes de toda a América Latina e se encontrou com o escritor brasileiro Fernando Morais. Del Toro não economizou simpatia e fez questão de atender ao pedido de todos os que o abordavam para uma fotografia ou pergunta. O portorriquenho também plantou uma árvore no acampamento do MST.

Em sua agenda no Brasil, estão previstos encontros com outros cineastas brasileiros e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além da candidata à Presidência do Brasil da coligação Para o Brasil Seguir Mudando, Dilma Roussef, no Rio de Janeiro. Há especulações de que ele pode participar de um comício com Dilma, no próximo sábado (18) em Campinas, interior de São Paulo.

Com Opera Mundi

Fonte:
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=11&id_noticia=137132

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Campanha do Abraço Grátis - Turma 104

Rock Elvis Roll


Textos retirados da revista Bizz Edição Especial Elvis 75 Anos.

Elvis inaugurou a era do rock and roll, emplacou sucessos um atrás do outro e ajudou a moldar um novo comportamento para a juventude: mais livre, rebelde, anárquico. Das roupas que usava em seus shows, do rebolado que enlouquecia as adolescentes, das canções que misturavam amor e sexo, Elvis é puro rock and roll. Criança pobre, filho de mãe superprotetora, tímido ao extremo fora dos palcos, levou adiante seu sonho de cantar ao longo de uma vida cheia de contradições. Quando morreu, em 1977, com apenas 42 anos, deixou o mundo dos vivos para transformar-se num dos mitos do século 20.
Sua obra influenciou quase tudo o que apareceu depois. A começar pelos Beatles e pelos Rolling Stones. Não por acaso, uma das grandes bandas do punk rock, The Clash, copiou a capa de seu primeiro disco no hoje antológico London Calling. Um dos maiores vendedores de discos de todos os tempos (curiosamente ao lado de seu genro Michael Jackson), Elvis está vivo, sim. No coração dos fãs que não param de crescer, no estilo que legou à juventude, nas canções que são eternas.
LEGADO
Ele zerava o que viera antes e apontava o caminho para o que viria depois. Elvis foi o marco zero, a pedra fundamental. Sem Elvis, não existiria Mick Jagger. Sem Elvis, os Beatles talvez não tivessem sacudido as cabeleiras. Sem Elvis, Raul Seixas não teria cantado Let Me Sing, Let Me Sing com tanta verve no Festival Internacional da Canção em 1972, vestido como um rebelde sem causa. O rock não teria tanta potência sem Elvis, nem Madonna seria tão performática. Nem o Clash teria sido uma banda tão importante e crucial. Pensando bem, nem mesmo teria existido o punk, tão anti-Elvis e ao mesmo tempo tão selvagem quanto suas apresentações pioneiras.
Elvis fez a liga entre a música e a performance num tempo em que a juventude começava a dar as cartas, a comandar as aspirações do mundo. Não que ele não seja mais tão popular quanto foi no começo da carreira e imediatamente depois da morte. Mas tudo o que conhecemos hoje como parte do imaginário rock’n’roll deve um dízimo ao seu rei.
Ao funcionar como elo entre a cultura negra e a música caipira dos Estados Unidos, Elvis criou um novo paradigma cultural e social e enfrentou preconceitos por isso. Ele atravessou as fronteiras da arte e criou uma música livre, selvagem, descabelada, incontrolável, que ele mesmo trataria de parodiar no final dos anos 60, quando renasce em Las Vegas, depois de uma longa hibernação de sete anos. Por isso os fãs mais empedernidos tratar de dividir a trajetória do artista em três fases distintas, cada uma com revoluções e passos para trás embutidos.
Na primeira fase ele está no ápice. Descoberto na Sun Record, é o branco de feeling negro que Sam Phillips procurava. Elvis está ligado ao útero do rock: uma das fotos mais famosas da pré-história do ritmo mostra uma jam session dos sonhos, reunindo Jerry Lee Lewis, Carl Perkins e Johnny Cash ao redor do piano em que reina um Elvis majestoso, mas solidário. É a mais pura representação do que veio e do que viria a seguir, antes e depois de Elvis.
Na fase intermediária, Elvis vai para o Exército e meio que desaparece na obscuridade nos quartéis das bases americanas na Alemanha. O Elvis que retorna não é mais o mesmo, só quer saber de cinema. Seu grande ídolo (depois de Dean Martin) é exatamente James Dean.
Na terceira fase, marcada pela saída do Exército, Elvis é engolfado pelas forças que ajudou a disseminar. Outros ídolos aparecem para ocupar o trono vago. Os Beatles, que fazem uma visita histórica a Elvis na Califórnia, são os que provocam, agora, as grandes ondas de reação histérica do público. O próprio rock acabaria ganhando uma sofisticação poética que ninguém imaginaria, com as letras e atitude adulta de Bob Dylan. Passou quase uma década fora dos palcos. Ao retornar, em 1968, Elvis brinca com a própria carreira na introdução de seus shows. Conta histórias. Cita o nome de Dylan. Começa a criar o mito que as gerações futuras, aquelas que não o conheceram vivo, irão interpretar de um ponto de vista sempre irônico.
O Elvis de Las Vegas, porém, está a anos-luz do jovem-deus que uniu as pontas separadas do rock, um gênero até então meio híbrido, tateante, destituído daquilo que seria a sua performance mais incendiária. Basta procurar na internet: ninguém cantava ou sacudia o corpo como Elvis. Ninguém mais fez isso. E se a música hoje vive a transição dos suportes, migrando dos CDs para a rede e deixando o artista a mercê do próprio talento, daquilo que eles podem oferecer de melhor nos shows, em carne e osso, Elvis será sempre um modelo a seguir. Infelizmente, porém, ninguém é capaz de cantar como ele. E nenhum artista contemporâneo possui o carisma do homem. Mesmo em seus tempos depressivos de Las Vegas.
COMPORTAMENTO
Uma rebeldia natural, que pela primeira vez colocava o jovem no mapa da História, estava em curso. E o rock providenciava a trilha sonora.
Filho bastardo da música caipira com os ritmos negros, o rock não tinha propriamente um corpo – até o aparecimento de Elvis Aaron Presley. Elvis encarnou, de forma definitiva, o que até então era um monstrengo, uma fantasmagoria com cabeça de Carl Perkins, braços de Jerry Lee Lewis e o tronco de Chuck Berry. Elvis entrou com o corpo inteiro no rock, providenciando, inclusive, o sexo.
O sexo era o principal combustível de toda aquela explosão inaugural. As classes dominantes que haviam sobrado da guerra eram pudicas e preconceituosas. O Velho Mundo (e principalmente o Novo, representado pelos Estados Unidos) rastejava sobre os próprios preconceitos: as mulheres eram só donas de casa, as moças eram feitas para casar, sexo era uma palavra que só podia ser usada no casamento, para fins de procriação. Ser jovem era ser nada. Sexo era o demônio. Se você fosse um adolescente cheio de espinhas, vagando pelas grandes e pequenas cidades arruinadas do mundo, sem nada para fazer, no que você pensaria? Sexo. E Elvis, assim como Marlon Brando e James Dean antes dele, representava sexo e rebeldia.
Aos 18 anos Elvis entrou no estúdio de Sam Phillips, em Memphis, Tennessee, para gravar a primeira música. Um presente para a mãe. Voltou oito meses depois, para colocar a voz numa canção que Phillips havia ouvido na interpretação de um jovem negro que não foi encontrado para refazê-la. Os primeiros takes de Elvis foram um fiasco. As repetições idem. Phillips mudou de música -  e não adiantou. Ele então pediu a Elvis que cantasse o que sabia. E Elvis desfilou um longo repertório de canções variadas, que iam do gospel ao blues, passando pelo country. Phillips encontrara alguma coisa ali (“Diabos, isso é diferente”, ele disse durante a gravação). Esta coisa seria, um pouco mais adiante, a corporificação do zeitgeist adolescente -  o espírito juvenil da época. Elvis daria corpo ao rock porque, para começo de conversa, era a personificação do sonho de Phillips, segredado a uma amiga: “Se eu encontrasse um branco com feeling de negro, eu faria 1 bilhão de dólares”. O ano era 1954. Em 1956, Elvis já havia vendido milhões de discos.
Elvis não era compositor, e sim intérprete. Alguns estudiosos dizem que um intérprete tão intenso não poderia nem deveria ter tempo livre para compor. O apelo de Elvis era total: um branco bonito, de costeletas caipiras, com voz de negro. Num tempo de segregação racial asfixiante, Elvis fez a ponte entre dois mundos que pouco se comunicavam – um deles entrava pela cozinha nos restaurantes, viajava nos fundos dos ônibus, não frequentava as mesmas universidades. A rebeldia juvenil encarnada em Elvis também passava por esse crivo político: se o artista que admiramos bebeu na fonte negra, apareceu em fotos abraçado a artistas negros (como Elvis fez com B. B. King), alguma coisa está errada no mundo que herdamos de nossos pais.
Vale a pena ouvir a voz de um adolescente da época, não por acaso o futuro baterista dos Heartbreakers e dos New York Dolls, Jerry Nolan, que foi ver um show de Elvis antes do alistamento, quando ainda se fazia acompanhar pelo trio fundamental formado por Bill Black, Scotty Moore e D. J. Fontana. Nolan estava na terceira fila, ao pé do artista. “Dava quase para tocá-lo” (este depoimento está no magnífico Mate-me por Favor, de Legs McNeil e Gillian McCain, uma espécie de história oral do movimento punk americano, editado no Brasil pela L&PM). “Elvis estava usando uma jaqueta branca”, começa Nolan. “Calças pretas largas com uma prega – branca por dentro, com um bordadinho branco. Estava com sapatos bicolores, brancos em cima e pretos dos lados, sapatos de rock’n’roll”. Depois dos detalhes, a constatação: “Fiquei completamente excitado. Todo mundo ficou excitado. Eu nunca tinha visto alguém fazer um show como aquele. Eu estava quase sem graça”. Outra coisa importante chamava a atenção de Nolan no show: a reação da irmã que o acompanhava. A menina gritava e pulava. “Numa hora”, prossegue o baterista, “Elvis se jogou de costas, meio que fazendo uma abertura de pernas, com uma perna apontada direto pra mim. Pude ver que o sapato dele estava gasto”. Nolan tem pena, imaginando que Elvis fosse pobre. Mas fica feliz, pensando que se parecia com um verdadeiro garoto de rua, semelhante a ele próprio e aos outros que estavam na plateia. “Este show, embora eu tivesse 10 anos de idade, realmente mudou minha vida. Fui dominado por Elvis. Mas acima de tudo lembro-me de duas coisas daquele show: minha irmã perdendo completamente o controle e o buraco no sapato de Elvis”.
O descontrole adolescente não largou os pés do Elvis dos primeiros tempos. Antes dele, só Frank Sinatra provocava histeria – mas nem tanta. No caso de Elvis, o fenômeno era um tipo de confrontação de gerações. Significava que a juventude estava quase no poder, invadindo o rádio e a televisão; significava que uma ponte entre as raças era possível; e significava que o sexo tinha descido às ruas – ou seja, tudo que as gerações anteriores, que habitavam o mundo sério, queriam evitar.
As famosas aparições de Elvis no programa de Ed Sullivan, entre 1956 e 1957, revelam o quanto de sexualidade reprimida estava projetada na figura do cantor. Elvis não era novidade na TV. Havia participado com enorme sucesso de três outros programas de Nova York: Stage Show, The Milton Berle Show, The Steve Allen Show. O programa de Steve Allen tivera uma audiência duas vezes superior à de Ed Sullivan, que se negara a apresentar o cantor por conta dos giros de quadril e das pernas eletrizadas que acompanhavam suas performances estupefacientes. Diante dos números do concorrente, Sullivan viu-se obrigado, em apenas uma semana, mudar de opinião, fechando um contrato de 50 mil dólares por três apresentações do cantor (9 de setembro e 28 de outubro de 1956 e 6 de janeiro de 1957). Elvis estava no auge da fama.
No primeiro show, Sullivan, que se recuperava de um acidente de automóvel, foi substituído pelo ator Charles Laughton (O Corcunda de Notre Dame). Laughton estava em Nova York, mas havia gravado a apresentação de Elvis em Hollywood, onde o cator estava filmando Ama-me com Ternura (Love me Tender). Não houve aí – como reza a lenda – o famoso enquadramento único da cintura para cima, estratagema inventado por Sullivan para evitar que os rebolados de Elvis fossem transmitidos a milhões de lares nos Estados Unidos (calculou-se uma audiência de cerca de 82% dos aparelhos ligados). A bem da verdade, há um mito envolvido na história: em boa parte dos três programas, Elvis aparece de corpo inteiro, acompanhado pela banda. Mas o que ficou para a história é a patética imagem do cantor, enquadrado da cintura para cima, levando as fãs à histeria com movimentos invisíveis dos quadris. Nasce aí o apelido Pelvis. Elvis era um escândalo, mesmo com os quadris fora do quadro. Tudo em sua imagem era associado ao sexo.
E era puro sexo mesmo. O que chama a atenção nessas apresentações que podem ser vistas no Youtube é a presença de cena, a voz, o carisma do ídolo; sua irresistível confiança; a alegria quente que parece extravasar por todos os poros – tudo isso com as feições de um garoto bem tratado e travesso, de topete indomável.
A força motriz de Elvis era o seu corpo. Curioso é que essa fúria avassaladora tenha vindo de um garoto tímido, pobre, nascido no interior, filho perfeito da mamãe, para quem dedicava a carreira. O certo é que, trinta e dois anos depois da morte, o mistério das imponentes performances do cantor permanece. Elvis foi o corpo explosivo e sexualizado do que hoje chamamos rock’n’roll. O ritmo que colocou a juventude na História.




Manuela D'Ávila: Juventude e eleições. O que a juventude precisa?

Há dias ando incomodada com o uso feito por algumas candidaturas da palavra "jovem". De forma vazia, apenas com a linguagem jovial, afirmam ser " tudo" o que essa faixa populacional precisa.

por Manuela D'Ávila, em seu blog
Estou terminando meu segundo mandato aos 29 anos (fui vereadora e deputada federal). Antes disso, desde os 16, militei em organizações de juventude. No movimento estudantil e na UJS. Meus dois mandatos foram dedicados de maneira intensa as pautas de segmentos da juventude. E foram conquistados com uma ampla votação entre pessoas de 16 a 29 anos (aquilo que a ONU e agora nossa constituição entendem como juventude). Mesmo assim jamais me outorguei o título de representante da juventude, ou melhor, como a única representante da Juventude.

Tenho claro que os mais de 35 milhões de brasileiros com essa idade têm visões diferentes de mundo, necessidades e opções distintas. Tratar do tema juventude é como tratar do tema das mulheres: existem temas que unem a todos nós, a exemplo da luta pela participação politica, do protagonismo. Mas temos também nossas diferenças. Queremos participação e direitos. Mas existem jovens que defendem a universidade pública e jovens que a consideram um gasto. Existem jovens que defendem a Livre orientação sexual e jovens que acham um absurdo o combate à homofobia.

Por que escrevo tudo isso? Porque quero a galera pense em que projeto cabem suas idéias e sonhos.

Num país em que a maior parte dos jovens vive a desigualdade de maneira muito intensa, será que o projeto que comporta os nossos sonhos é um que prevê o estado mínimo? Será que o projeto que sucateou nossas universidades públicas e decretou o fim
das escolas técnicas federais representa nosso sonho de qualificação profissional? Para mim, não!! Será que aqui no Rio Grande a juventude cabe no projeto que liquidou nossa universidade estadual? Que não valorizou nossas escolas de Ensino Médio? Para mim, não.

Para mim, o sonho de grande parte da juventude é estudar, se qualificar profissionalmente, garantir que seus filhos (Sim! Muitos jovens tem filhos!!!) tenham vagas em creches, ver que os amigos não morrem na guerra do crack nem no tráfico nem nos hospitais esperando internação. Queremos ser Felizes! E ver aqueles que amamos felizes!

Por isso minha opção nessas eleições é por aqueles que significam um projeto de desenvolvimento nacional que garanta direitos para os trabalhadores e distribua renda. Um projeto que inclua a juventude com seus direitos garantidos. Um projeto em que a gente não seja objeto! Em que nós sejamos atores da nossa estória! Um sonho que não seja nosso só no período eleitoral. Um sonho que não seja lembrado só por quem precisa de votos, mas cotidianamente.

Cada um escolhe o seu. Essa é a autonomia e liberdade que também queremos. Meu sonho passa pela eleição de Paulo Paim e Abgail, de Tarso Genro e Dilma. Aqueles que lutaram e lutam por um Brasil de todos.

Manuela D'Ávila é deputada federal pelo PCdoB-RS

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Eleições 2010

Eleições 2010

Eleições 2010

Eleições 2010

Eleições 2010

Eleições 2010

Eleições 2010

Eleições 2010

Eleições 2010

Eleições 2010

Elvis Presley - A Revolução da Juventude

CANDIDATOS FICHA-SUJA: MANTENHA DISTÂNCIA!

EM QUEM NÃO VOTAR:
ID NOME CARGO PARTIDO ACUSAÇÃO OU CRIME A QUE RESPONDE
1 ABELARDO LUPION Deputado PFL-PR Sonegação Fiscal
2 ADEMIR PRATES Deputado PDT-MG Falsidade Ideológica
3 AELTON FREITAS Senador PL-MG Crime de Responsabilidade e Estelionato
4 AIRTON ROVEDA Deputado PPS-PR Peculato
5 ALBÉRICO FILHO Deputado PMDB-MA Apropriação Indébita
6 ALCESTE ALMEIDA Deputado PTB-RR Peculato e Formação de Quadrilha, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
7 ALEX CANZIANI Deputado PTB-PR Peculato
8 ALMEIDA DE JESUS Deputado PL-CE Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
9 ALMIR MOURA Deputado PFL-RJ Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
10 AMAURI GASQUES Deputado PL-SP Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
11 ANDRÉ ZACHAROW Deputado PMDB-PR Improbidade Administrativa
12 ANÍBAL GOMES Deputado PMDB-CE Improbidade Administrativa
13 ANTERO PAES DE BARROS Senador PSDB-MT Improbidade Administrativa e Formação de Quadrilha
14 ANTÔNIO CARLOS PANNUNZIO Deputado PSDB-SP Crime de Responsabilidade
15 ANTÔNIO JOAQUIM Deputado PSDB-MA Improbidade Administrativa
16 BENEDITO DE LIRA Deputado PP-AL Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
17 BENEDITO DIAS Deputado PP-AP Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
18 BENJAMIN MARANHÃO Deputado PMDB-PB Crime Eleitoral
19 BISPO WANDERVAL Deputado PL-SP Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
20 CABO JÚLIO (JÚLIO CÉSAR GOMES DOS SANTOS) Deputado PMDB-MG Crime Militar, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
21 CARLOS ALBERTO LERÉIA Deputado PSDB-GO Lesão Corporal
22 CELSO RUSSOMANNO Deputado PP-SP Crime Eleitoral, Peculato e Agressão
23 CHICO DA PRINCESA (FRANCISCO OCTÁVIO BECKERT) Deputado PL-PR Crime Eleitoral
24 CIRO NOGUEIRA Deputado PP-PI Crime Contra a Ordem Tributária e Prevaricação
25 CLEONÂNCIO FONSECA Deputado PP-SE Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
26 CLÓVIS FECURY Deputado PFL-MA Crime Contra a Ordem Tributária
27 CORIALANO SALES Deputado PFL-BA Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
28 DARCÍSIO PERONDI Deputado PMDB-RS Improbidade Administrativa
29 DAVI ALCOLUMBRE Deputado PFL-AP Corrupção Ativa
30 DILCEU SPERAFICO Deputado PP-PR Apropriação Indébita
31 DOUTOR HELENO Deputado PSC-RJ Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
32 EDSON ANDRINO Deputado PMDB-SC Crime de Responsabilidade
33 EDUARDO AZEREDO Senador PSDB-MG Improbidade Administrativa
34 EDUARDO GOMES Deputado PSDB-TO Crime Eleitoral, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
35 EDUARDO SEABRA Deputado PTB-AP Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
36 ELIMAR MÁXIMO DAMASCENO Deputado PRONA-SP Falsidade Ideológica
37 EDIR DE OLIVEIRA Deputado PTB-RS Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
38 EDNA MACEDO Deputado PTB-SP Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
39 ELAINE COSTA Deputada PTB-RJ Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
40 ELISEU PADILHA Deputado PMDB-RS Corrupção Passiva
41 ENIVALDO RIBEIRO Deputado PP-PB Crime Contra a Ordem Tributária, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
42 ÉRICO RIBEIRO Deputado PP-RS Crime Contra a Ordem Tributária e Apropriação Indébita
43 FERNANDO ESTIMA Deputado PPS-SP Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
44 FERNANDO GONÇALVES Deputado PTB-RJ Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
45 GARIBALDI ALVES Senador PMDB-RN Crime Eleitoral
46 GIACOBO (FERNANDO LUCIO GIACOBO) Deputado PL-PR Crime Contra a Ordem Tributária e Seqüestro
47 GONZAGA PATRIOTA Deputado PSDB-PE Apropriação Indébita
48 GUILHERME MENEZES Deputado PT-BA Improbidade Administrativa
49 INALDO LEITÃO Deputado PL-PB Crime Contra o Patrimônio, Declaração Falsa de Imposto de Renda
50 INOCÊNCIO DE OLIVEIRA Deputado PMDB-PE Crime de Escravidão
51 IRAPUAN TEIXEIRA Deputado PP-SP Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
52 IRIS SIMÕES Deputado PTB-PR Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
53 ITAMAR SERPA Deputado PSDB-RJ Crime Contra o Consumidor, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
54 ISAÍAS SILVESTRE Deputado PSB-MG Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
55 JACKSON BARRETO Deputado PTB-SE Peculato e Improbidade Administrativa
56 JADER BARBALHO Deputado PMDB-PA Improbidade Administrativa, Peculato, Crime Contra o Sistema Financeiro e Lavagem de Dinheiro
57 JAIME MARTINS Deputado PL-MG Crime Eleitoral
58 JEFERSON CAMPOS Deputado PTB-SP Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
59 JOÃO BATISTA Deputado PP-SP Falsidade Ideológica, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
60 JOÃO CALDAS Deputado PL-AL Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
61 JOÃO CORREIA Deputado PMDB-AC Declaração Falsa de Imposto de Renda, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
62 JOÃO HERRMANN NETO Deputado PDT-SP Apropriação Indébita
63 JOÃO MAGNO Deputado PT-MG Lavagem de Dinheiro
64 JOÃO MENDES DE JESUS Deputado PSB-RJ Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
65 JOÃO PAULO CUNHA Deputado PT-SP Corrupção Passiva, Lavagem de Dinheiro e Peculato
66 JOÃO RIBEIRO Senador PL-TO Peculato e Crime de Escravidão
67 JORGE PINHEIRO Deputado PL-DF Crime Ambiental
68 JOSÉ DIVINO Deputado PRB-RJ Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
69 JOSÉ JANENE Deputado PP-PR Estelionato, Improbidade Administrativa, Lavagem de Dinheiro, Corrupção Passiva, Formação de Quadrilha, Apropriação Indébita e Crime Eleitoral
70 JOSÉ LINHARES Deputado PP-CE Improbidade Administrativa
71 JOSÉ MENTOR Deputado PT-SP Corrupção Passiva
72 JOSÉ MILITÃO Deputado PTB-MG Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
73 JOSÉ PRIANTE Deputado PMDB-PA Crime Contra o Sistema Financeiro
74 JOVAIR ARANTES Deputado PTB-GO Improbidade Administrativa
75 JOVINO CÂNDIDO Deputado PV-SP Improbidade Administrativa
76 JÚLIO CÉSAR Deputado PFL-PI Peculato, Formação de Quadrilha, Lavagem de Dinheiro e Falsidade Ideológica
77 JÚLIO LOPES Deputado PP-RJ Falsidade Ideológica
78 JÚNIOR BETÃO Deputado PL-AC Declaração Falsa de Imposto de Renda, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
79 JUVÊNCIO DA FONSECA Deputado PSDB-MS Improbidade Administrativa
80 LAURA CARNEIRO Deputada PFL-RJ Improbidade Administrativa e Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
81 LEONEL PAVAN Senador PSDB-SC Contratação de Serviços Públicos Sem Licitação e Concussão
82 LIDEU ARAÚJO Deputado PP-SP Crime Eleitoral
83 LINO ROSSI Deputado PP-MT Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
84 LÚCIA VÂNIA Senadora PSDB-GO Peculato
85 LUIZ ANTÔNIO FLEURY Deputado PTB-SP Improbidade Administrativa
86 LUPÉRCIO RAMOS Deputado PMDB-AM Crime de Aborto
87 MÃO SANTA Senador PMDB-PI Improbidade Administrativa
88 MARCELINO FRAGA Deputado PMDB-ES Crime Eleitoral, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
89 MARCELO CRIVELA Senador PRB-RJ Crime Contra o Sistema Financeiro e Falsidade Ideológica
90 MARCELO TEIXEIRA Deputado PSDB-CE Sonegação Fiscal
91 MÁRCIO REINALDO MOREIRA Deputado PP-MG Crime Ambiental
92 MARCOS ABRAMO Deputado PP-SP Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
93 MÁRIO NEGROMONTE Deputado PP-BA Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
94 MAURÍCIO RABELO Deputado PL-TO Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
95 NÉLIO DIAS Deputado PP-RN Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
96 NELSON BORNIER Deputado PMDB-RJ Improbidade Administrativa
97 NEUTON LIMA Deputado PTB-SP Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
98 NEY SUASSUNA Senador PMDB-PB Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
99 NILTON CAPIXABA Deputado PTB-RO Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
100 OSMÂNIO PEREIRA Deputado PTB-MG Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
101 OSVALDO REIS Deputado PMDB-TO Apropriação Indébita
102 PASTOR AMARILDO Deputado PSC-TO Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
103 PAULO AFONSO Deputado PMDB-SC Peculato, Crime Contra o Sistema Financeiro e Improbidade Administrativa
104 PAULO BALTAZAR Deputado PSB-RJ Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
105 PAULO FEIJÓ Deputado PSDB-RJ Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
106 PAULO JOSÉ GOUVEIA Deputado PL-RS Porte Ilegal de Arma
107 PAULO LIMA Deputado PMDB-SP Extorsão e Sonegação Fiscal
108 PAULO MAGALHÃES Deputado PFL-BA Lesão Corporal
109 PEDRO HENRY Deputado PP-MT Formação de Quadrilha, Lavagem de Dinheiro e Corrupção Passiva, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
110 PROFESSOR IRAPUAN Deputado PP-SP Crime Eleitoral
111 PROFESSOR LUIZINHO Deputado PT-SP Lavagem de Dinheiro
112 RAIMUNDO SANTOS Deputado PL-PA Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
113 REGINALDO GERMANO Deputado PP-BA Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
114 REINALDO BETÃO Deputado PL-RJ Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
115 REINALDO GRIPP Deputado PL-RJ Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
116 REMI TRINTA Deputado PL-MA Estelionato e Crime Ambiental
117 RIBAMAR ALVES Deputado PSB-MA Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
118 RICARDO BARROS Deputado PP-PR Sonegação Fiscal
119 RICARTE DE FREITAS Deputado PTB-MT Improbidade Administrativa e Formação de Quadrilha, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
120 RODOLFO TOURINHO Senador PFL-BA Gestão Fraudulenta de Instituição Financeira
121 ROMERO JUCÁ Senador PMDB-RR Improbidade Administrativa
122 ROMEU QUEIROZ Deputado PTB-MG Corrupção Ativa, Corrupção Passiva e Lavagem de Dinheiro
123 RONALDO DIMAS Deputado PSDB-TO Crime Eleitoral
124 SANDRO MABEL Deputado PL-GO Crime Contra a Ordem Tributária
125 SUELY CAMPOS Deputada PP-RR Crime Eleitoral
126 TATICO (JOSÉ FUSCALDI CESÍLIO) Deputado PTB-DF Crime Contra a Ordem Tributária, Declaração Falsa de Imposto de Renda e Sonegação Fiscal
127 TETÉ BEZERRA Deputado PMDB-MT Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
128 THELMA DE OLIVEIRA Deputada PSDB-MT Improbidade Administrativa e Formação de Quadrilha
129 VADÃO GOMES Deputado PP-SP Improbidade Administrativa e Crime Contra a Ordem Tributária
130 VALDIR RAUPP Senador PMDB-RO Peculato, Uso de Documento Falso, Crime Contra o Sistema Financeiro, Crime Eleitoral e Gestão Fraudulenta de Instituição Financeira
131 VALMIR AMARAL Senador PTB-DF Apropriação Indébita
132 VANDERLEI ASSIS Deputado PP-SP Crime Eleitoral, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
133 VIEIRA REIS Deputado PRB-RJ Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
134 VITTORIO MEDIOLI Deputado PV-MG Sonegação Fiscal
135 WANDERVAL SANTOS Deputada PL-SP Corrupção Passiva
136 WELLINGTON FAGUNDES Deputada PL-MT Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
137 ZÉ GERARDO Deputado PMDB-CE Crime de Responsabilidade
138 ZELINDA NOVAES Deputada PFL-BA Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
139 Ângela Guadagnin Deputada PT-SP Dançarina do Plenário da Câmara, comemorando absolvição de corrupto
140 Antônio Palocci Ex-Ministro PT-SP Quebra de Sigilo Bancário
141 Carlos Rodrigues Ex-Deputado PL-RJ Bispo Rodrigues
142 Delúbio Soares Tesoureiro PT-GO Ex Tesoureiro do PT
143 José Dirceu Ex-Deputado PT-SP Coordenador do Mensalão
144 José Genoíno Ex-Deputado PT-SP Mensalão, Dólares na Cueca
145 José Nobre Guimarães DeputadoEst. PT-CE Dólares na Cueca (Agora Candidato a Dep. Federal)
146 Josias Gomes Deputado PT-BA Mensalão, CPI dos Correios
147 Luiz Gushiken Ex-Ministro PT-SP CPI dos Correios
148 Paulo Salim Maluf Ex PPB-SP Corrupção, Falcatruas, Improbidade Administrativa, Desvio de Dinheiro Público, Lavagem de dinheiro
149 Paulo Pimenta Deputado PT-RS Compra de Votos, Mensalão, CPI Correios
150 Pedro Corrêa Ex-Deputado PP-PE Cassado em associação ao Escândalo do Mensalão, Compra de Votos
151 Roberto Brant Deputado PFL-MG Crime Eleitoral, Mensalão, CPI Correios
152 Roberto Jefferson Ex-Deputado PTB-RJ Mensalão
153 Severino Cavalcanti Ex-Deputado PP-PE Escândalo do Mensalinho (Renuncio para evitar a cassação)
154 Silvio Pereira SecretárioPT PT Mensalão
155 Valdemar Costa Neto Exc-Deputado PL-SP Mensalão (renunciou para evitar a cassação)

RELAÇÃO DOS DEPUTADOS FEDERAIS E SENADORES QUE RESPONDEM A PROCESSO NA JUSTIÇA:


Cristhian Fabian Bibries Miranda
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