quinta-feira, 10 de junho de 2010

A Sociologia de Karl Marx

Karl Heinrich Marx (Tréveris, 5 de maio de 1818 — Londres, 14 de março de 1883) foi um intelectual e revolucionário alemão, fundador da doutrina comunista moderna, que atuou como economista, filósofo, historiador, teórico político e jornalista.
O pensamento de Marx influencia várias áreas, tais como Filosofia, História, Sociologia, Ciência Política, Antropologia, Psicologia, Economia, Comunicação, Arquitetura, Geografia e outras. Em uma pesquisa da rádio BBC de Londres, realizada em 2005, Karl Marx foi eleito o maior filósofo de todos os tempos.
O Marxismo, como ficou conhecido seu pensamento, é uma teoria social, econômica e política baseada na sua obra e seus seguidores. As ramificações da doutrina marxista podem ser encontradas em âmbitos filosóficos, econômicos, históricos, políticos e na maioria das ciências sociais.
Marx pretendia revelar as leis inerentes ao desenvolvimento do capitalismo. Para ele, cada época histórica se caracterizava por um modelo de produção específico correspondente ao sistema de poder estabelecido e, portanto, com uma classe dirigente em permanente conflito com a classe oprimida. Assim, a sociedade medieval era dominada pelo modelo de produção feudal no qual a classe dos proprietários obtinha a mais valia de uma população rural dependente da terra. As transições do sistema de escravidão para o feudalismo e desse último para o capitalismo se deram quando as forças produtivas (ou seja, os grupos relacionados com o trabalho e os meios de produção como as máquinas) não podiam continuar desenvolvendo-se com as relações de produção existentes entre as distintas classes sociais. Assim, a crise que afetou o feudalismo quando o capitalismo necessitava de uma crescente classe trabalhadora produziu a eliminação das bases legais e ideológicas tradicionais que mantinham os servos presos à terra.
A relação fundamental do capitalismo, baseada em salários, parte de um contrato entre partes juridicamente iguais. Os detentores do capital (capitalistas) pagam os trabalhadores (o proletariado) salários em troca de um determinado número de horas de trabalho. Essa relação disfarça uma desigualdade real: os capitalistas se apropriam de parte da produção dos trabalhadores.
O atrativo do marxismo reside no fato de ter proporcionado um poderoso respaldo intelectual à indignação moral produzida por significativas desigualdades do capitalismo e a esperança de que um sistema condenado à extinção terminaria por desaparecer.
Em 1847 Mark escreveu com Engels o Manifesto Comunista, cujas teses constituem a base do materialismo histórico. Nesse texto explica-se que o sistema econômico dominante em cada época histórica determina a estrutura social e a superestrutura política e intelectual de cada período. Desse modo, a história da sociedade é a história das lutas entre os exploradores e os explorados. A conclusão é que a classe capitalista será derrotada e suprimida por uma revolução mundial da classe operária que conduzirá ao estabelecimento de uma sociedade sem classes.
Depois de ser expulso da Alemanha, Marx procurou refúgio em Londres. Nessa cidade, elaborou a base doutrinária da teoria comunista, apresentada em três volumes e denominada Das Kapital (1867-1894; O capital), uma análise histórica e detalhada da economia do sistema capitalista, e na qual a classe trabalhadora é vista como explorada pela classe capitalista que se apropria do ‘valor excedente’ (mais-valia) produzido por aquela (ver Capital). A experiência revolucionária da Comuna de Paris também foi estudada por Karl Marx.
Em 1864, participou da criação, em Londres, da Primeira Internacional. Foi depois da morte de Marx que seu pensamento começou a prosperar dentro do movimento operário. Essa concepção passou a ser denominada marxismo ou socialismo científico. Essas doutrinas foram retomadas por Lenin, no século XX, e passaram a ser o núcleo da teoria e a práxis do bolchevismo e da Terceira Internacional.
Kautsky, Karl Johann (1854-1938), teórico marxista alemão, um dos primeiros líderes do Partido Social-Democrata de seu país. Foi amigo e discípulo de Karl Marx e Friedrich Engels. Se opôs ao regime soviético posterior à Revolução Russa. Defendeu as doutrinas revolucionárias opostas ao revisionismo de Eduard Bernstein, com quem manteve uma acirrada disputa. É autor de Teorias sobre a mais-valia (4 volumes, 1905-1910).
Salários, em economia, preço pago pelo trabalho, relativos a todos os pagamentos que compensam os indivíduos pelo tempo e o esforço dedicados à produção de bens e serviços. O salário nominal recebido não reflete os rendimentos verdadeiros; as deduções salariais para pagar os impostos sobre a renda, os pagamentos da Assistência Social, as pensões, as quotas aos sindicatos e os prêmios dos seguros reduzem os rendimentos reais dos trabalhadores.
Uma variante da teoria ricardiana é a teoria dos salários de Karl Marx, que afirmava que em um sistema capitalista a força de trabalho raramente recebia uma remuneração superior à do nivel da própria subsistência. Segundo ele, os capitalistas se apropriavam da mais valia gerada pelos trabalhadores, acrescentando-as aos próprios benefícios. Tal como aconteceu com a teoria de David Ricardo, o tempo tem-se encarregado de refutar a visão de Marx.
Quando foi demonstrada a invalidade da teoria do salário de subsistência, foi dada maior atenção à procura de trabalho como principal determinante do nível de salários. John Stuart Mill propugnava pela denominada teoria do fundo de salários para explicar a forma pela qual a demanda de trabalho, definida como a quantidade de dinheiro que os empresários estão dispostos a pagar para contratar trabalhadores, determinava o nível salarial.
Exploração (sociologia), pagamento ao proprietário de um fator de produção (trabalho, energia) em troca de uma quantia inferior ao valor do produto.
A ideologia marxista estabelece a teoria do valor do trabalho, que por sua vez abriga o conceito de mais-valia: o capitalista, como proprietário dos meios de produção, retém parte da produção do trabalhador.
Existem muitas formas de exploração tanto política, como social e econômica. Marx não só estudou a exploração em termos econômicos, como também as conseqüências sociais e políticas do mercado do trabalho humano.
Especulação, compra ou venda para obter lucros. Utiliza-se para descrever a atividade dos agentes econômicos que operam nos mercados de matérias-primas ou monetários com o único propósito de obter mais-valias; ao contrário daqueles que operam nesses mercados devido à sua atividade empresarial — um produtor de café solúvel ou um importador que tem de pagar em moeda estrangeira. Os especuladores vivem das flutuações dos preços das matérias-primas ou das unidades monetárias de cada país, procurando obter lucros comprando a preços de mercado quando existem expectativas de aumentos de preços; suas ações afetam o mercado, pois são um dos determinantes da procura.
MAIS-VALIA
Na economia marxista, valor do que o trabalhador produz menos o valor de seu próprio trabalho (dado pelo custo de seus meios de subsistência).
A mais-valia mede a exploração dos assalariados pelos capitalistas e é a fonte do lucro destes.
Marx acredita que o Valor de Troca depende da quantidade de trabalho despendida, contudo, a quantidade de trabalho que entre no valor de toca é a quantidade socialmente necessária (Quantidade que o Trabalhador Gasta em média na Sociedade, e que obviamente, varia de Sociedade para Sociedade).
Como facilmente pressupões, Marx defendia a teoria da exploração do trabalhador.
Marx dizia que só o trabalho dava valor às mercadorias, a tal Mais Valia, que referi no trabalho sobre Karl Marx.
Equipamentos, não davam valor, apenas transmitiam uma parte do seu valor às mercadorias, não contribuindo portanto para a formação de valor.
Pelo contrário, o Homem através do seu trabalho fazia com que as matérias primas e os equipamentos transmitissem o seu valor ao bem final, e ainda por cima criava valor acrescentado (Por exemplo, no Capital Marx falava do exemplo das fiandeiras, que pegavam no algodão e o transformavam por exemplo em camisolas, criado um valor acrescentado que só mesmo o Trabalho Humano pode dar).
Para Marx existe uma apropriação do fruto do Trabalho, que contudo não pode ser considerado um roubo pelo Capitalista, porque ao fim ao cabo, o Trabalhador está a ser pago para fazer aquele trabalho.
O Valor é formado tendo em conta o seu custo em termos de trabalho, desse valor o Capitalista apropria-se da Mais Valia através da utilização do seu Capital.
Toda esta teoria da repartição do Rendimento, leva-nos para um conceito fundamental em Marx que é precisamente o da Mais Valia .
Mais Valia
Portanto Marx afirmava que a força de trabalho era transformada em mercadoria, o valor de força de trabalho corresponde ao Socialmente necessário.
Tudo estaria bem, contudo o valor deste Socialmente Necessário é um problema.
Na realidade o que o trabalhador recebe é o salário de Subsistência, que é o mínimo que assegura a manutenção e reprodução do trabalho.
Mas apesar de receber um salário, o trabalhador acaba por criar um valor acrescentado durante o processo de produção, ou seja, fornece mais do que aquilo que custo, é esta diferença que Marx chama de Mais Valia.
A Mais Valia não pode ser considerado um roubo pois é apenas fruto da propriedade privada dos meios de produção.
Mas, os Capitalistas e os proprietários, procuram aumentar os seus rendimentos diminuindo o rendimento dos trabalhadores, é pois esta situação de exploração da Força de Trabalho pelo Capital que Marx mais critica.
Marx critica a essência do Capitalismo, que reside precisamente na exploração da força de trabalho pelo Produtor Capitalista, e que segundo Marx, um dia haverá de levar à revolução social."
Portanto Marx afirmava que a força de trabalho era transformada em mercadoria, o valor de força de trabalho corresponde ao Socialmente necessário.
Tudo estaria bem, contudo o valor deste Socialmente Necessário é um problema.
Na realidade o que o trabalhador recebe é o salário de Subsistência, que é o mínimo que assegura a manutenção e reprodução do trabalho.
Mas apesar de receber um salário, o trabalhador acaba por criar um valor acrescentado durante o processo de produção, ou seja, fornece mais do que aquilo que custo, é esta diferença que Marx chama de Mais Valia.
A Mais Valia não pode ser considerado um roubo pois é apenas fruto da propriedade privada dos meios de produção.
Mas, os Capitalistas e os proprietários, procuram aumentar os seus rendimentos diminuindo o rendimento dos trabalhadores, é pois esta situação de exploração da Força de Trabalho pelo Capital que Marx mais critica.
Marx critica a essência do Capitalismo, que reside precisamente na exploração da força de trabalho pelo Produtor Capitalista, e que segundo Marx, um dia haverá de levar à revolução social.

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