O modo de produção escravista surgiu na Grécia clássica, e
posteriormente, com sua dominação e assimilação por Roma, foi o modo de
produção praticado por todo o Império Romano.
Na Grécia Antiga havia a separação das cidades-Estado; já
que a Grécia tem um terreno muito recortado, cheio de montanhas e ilhas, isso
dificultava a comunicação pelas mesmas. Assim, as cidades-Estado mantinham a
mesma cultura, religião e língua, só não havia um governo que dominasse toda a
população. Nas cidades-Estado, havia a sua separação por genos, onde um homem
era proclamado como pater familias e organizava toda a população que ali vivia.
Com o aumento das populações nos genos e o surgimento da propriedade privada,
os parentes mais próximos dos chefes dos genos ficaram com as melhores terras,
ficando com as piores terras e marginalizados os parentes mais afastados.
Com o aumento das famílias nobres, eram necessários mais
terras e mais gente para trabalhar no cultivo dessas terras. Esse problema era
resolvido com guerras de conquista: guerreava-se com povos vizinhos, as terras
conquistadas eram repartidas entre os nobres, e o povo derrotado era
escravizado. Esses escravos eram propriedades do Estado cedidas aos nobres para
o trabalho em suas terras. Um cidadão não-estrangeiro também poderia se tornar
escravo de alguém, se adquirisse dessa pessoa uma dívida da qual não pudesse
pagar.
Assim, o trabalho passou a ser uma exclusividade dos
escravos e dos pequenos camponeses. Então, fica evidente a importância que o
trabalho escravo tinha para esses povos, já que ele se tornou a base de suas
economias. Para se ter uma ideia dessa importância, basta ressaltar que Atenas
chegou ao ponto de ter 20.000 cidadãos, 10.000 metecos (como eram chamados os
estrangeiros) e 400.000 escravos, uma média de 20 escravos por cidadão1
(levando-se em conta que só eram considerados cidadãos os homens adultos
livres).
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