Artigo publicado no blog Bola de Meia, Bola de Gude http://bolademeiaboladegude.blogspot.com/, da deputada Manuela D'Ávila.
No futebol, muitas vezes nosso time joga pelo empate. Na política não existe esse resultado. Aqui no Rio Grande encerramos o campeonato local, o Gauchão: elegemos Tarso governador, com um projeto de desenvolvimento local que uniu forças políticas e a sociedade. Garantimos a reeleição de nosso Senador Paulo Paim, metalúrgico comprometido com os direitos dos trabalhadores aposentados e ativos. O meu partido teve um ótimo resultado. Nossos aliados também. Posso afirmar que vencemos o campeonato. O gauchão é importante. Mas, colorados e gremistas sabem que existem campeonatos ainda mais relevantes. É precisamente esse o caso das eleições presidenciais. Mais do que um campeonato Brasileiro, estamos em uma batalha que tem significado para a América e para o mundo.
Mais de dez dias já passaram no segundo turno. O time adversário, joga da mesma forma das equipes de futebol que apelam para o vale tudo. Chuta canelas, comete sistemáticas faltas. Baixa o nível do debate. O que Serra quer para a educação? Qual papel do nosso sistema educacional no projeto de desenvolvimento nacional? Qual desenvolvimento Serra defende? Aquele submisso as grandes potências em decadência? Aquele que não distribui renda, não diminui a miséria, não aumenta o número de empregos? Quais relações que o Brasil manterá com seus vizinhos? A grande potência aliada aos EUA? Como garantirá saúde para os brasileiros? Com mutirões eventuais? Como será a exploração do petróleo? Privatizada? O time adversário não responde. Ataca, chutando as canelas. Traz para o Brasil valores que não são marcas de nossa sociedade, que convive de maneira fantástica com a diversidade religiosa. Porque escondem o verdadeiro jogo? Porque não tem? Não. Porque não é o jogo que o povo brasileiro quer. Nosso povo viu o Brasil mudar. Viu que nosso destino não era ser uma “semi-nação” como queria Fernando Henrique. Que podemos ser grandes e nos relacionar de maneira independente com todos os países do mundo. Viu que é possível ver um filho de trabalhador na universidade pública ou no PROUNI, viu que é possível ter a carteira assinada, ter luz em casa, ter casa!
Eles escondem o jogo. Nós temos a obrigação de jogar bonito. Não podemos cair na provocação. Não chutaremos canelas daqueles que nos chutam. Porque temos o que mostrar. Nosso jogo é o jogo do projeto. Nós mostramos que a universidade pública não precisava ser privatizada. Aliás, dobramos as vagas nas universidades e hoje, elas estão produzindo conhecimento para libertar tecnologicamente o Brasil. Nós democratizamos o conhecimento, quando permitimos que mais de meio milhão de jovens ingressassem no Ensino Superior com o PROUNI e criamos Escolas técnicas em todo o país. Nós geramos 14 milhões de empregos num momento em que o mundo vivia sua maior crise econômica! Nós defendemos que o Estado tenha papel no desenvolvimento do País e criamos o PAC, garantindo infra-estrutura. Nós criamos o Minha casa, minha vida, o Luz para todos. Mas sabemos que mais luz e casa, esses programas garantem dignidade para as famílias. Nós não vendemos a Petrobras. Também não mudamos o nome de nossa maior estatal para “PETROBRAX”. Mas mais do que isso, nossa empresa pública foi decisiva para descobrirmos o Pré-sal. E nós queremos que esse recurso seja público, para transformarmos nossa educação de maneira estruturante, para garantir mais desenvolvimento, mais distribuição de renda.
Esse é o nosso jogo. O jogo de quem carrega sonhos, projetos. O sonho de quem sabe jogando bonito também se vence campeonato.
Agora, faltam quinze dias para as eleições. A bola está com cada brasileiro comprometido com o Brasil desenvolvido, solidário, soberano. Conversem, mostrem o que fizemos. Essa vitória é mais importante do que qualquer campeonato. Ela é decisiva para nosso país seguir mudando.
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